Primeira oficina do Macrozoneamento debate o interesse comum da RMBH
A primeira oficina pública do Projeto de Macrozoneamento da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi realizada na noite de quarta-feira, dia 12, em Nova Lima. O encontro coordenado pela equipe técnica da Universidade Federal de Minas Gerais reuniu representantes da sociedade civil, das prefeituras e câmaras de oito municípios da porção Leste da RMBH.
Para a melhor organização das oficinas os municípios da RMBH foram aglutinados em microrregiões, chamadas de Rs e Nova Lima sediou a Oficina da R1, também composta pelos municípios de Caeté, Jaboticatubas, Nova União, Raposos, Rio Acima, Sabará e Taquaraçu de Minas.
O encontro inaugurou o primeiro ciclo de oficinas públicas. Eventos que convidam os cidadãos metropolitanos a dar início ao debate e mapeamento dos espaços, serviços, projetos e desejos que envolvem mais de um município.
Os 125 participantes da oficina foram divididos em cinco grupos, constituídos por representantes dos municípios que compõem a R1, com exceção dos municípios de Nova União e Jaboticatubas, os quais não enviaram representantes. No entanto a oficina contou com a presença de representantes de Brumadinho e Belo Horizonte.
Em cada um dos grupos, os participantes destacaram em um mapa – que foi apontado como um recurso facilitador da discussão – os pontos de interesse, conflitos e projetos existentes entre as cidades da micro região leste. Para o secretário de desenvolvimento de Nova Lima, João Batista, o debate é necessário para ampliar o conhecimento dos moradores de uma cidade sobre o município vizinho. “A oficina reúne representantes de diferentes locais e facilita o conhecimento dos serviços oferecidos em uma cidade que, às vezes, faz divisa com a nossa. Com isso, poderá haver mais interação, gerando emprego e negócios”, frisou ele, que desconhecia a forte produção agrícola de Rio Acima.
Para o produtor rural e ex-secretário de meio ambiente de Rio Acima, Carlos Antônio Pereira, a falta de conhecimento sobre a região metropolitana como um todo é uma das deficiências existentes. Entretanto, as oficinas do Macrozoneamento surgem para diminuir esse problema. “Agora, haverá um afunilamento, no qual serão definidas as ZIMs e o esclarecimento fundamental sobre o que os municípios oferecem”, explicou Pereira, que acompanha o PDDI desde 2009.
Demanda de serviços, áreas de preservação ambiental e serviços públicos, como saúde e corpo de bombeiros, foram alguns dos pontos destacados nos cinco grupos da oficina. As discussões, a partir de agora, vão gerar relatórios técnicos, que serão debatidos no Primeiro Seminário Metropolitano, previsto para o dia 8 de maio. Sandro Veríssimo, representante da Agência de Desenvolvimento da RMBH, frisou que a e oficina em Nova Lima foi positiva para o projeto. “Este início foi importante para que as pessoas se conhecessem e exercitassem os debates sobre os pontos de interesse e de conflitos. A discussão cria maturidade e uma percepção local mais ampla para criar soluções. A partir de agora, o processo é decisivo”, finalizou Veríssimo.
Teatro
Dentre as ações da primeira oficina do processo de Macrozoneamento, a equipe teatral Parangolé apresentou um esquete didático para exemplificar algumas questões e tensões de interesse metropolitano. A peça lançou luz sobre conflitos territoriais existentes entre municípios circunvizinhos e tomou como referencia as cidades de Vespasiano, Belo Horizonte e Santa Luzia, mostrando de forma lúdica as deficiências locais e a dependência dos serviços oferecidos na capital mineira.
Para a segunda etapa, logo após a realização das oficinas, entre julho e agosto, o Parangolé já prepara um novo espetáculo, no qual focará na evolução do processo e nos próximos passos do Projeto do Macrozoneamento Metropolitano.
Agenda
Estão agendadas oficinas publicas até o início de março. No dia 20, Florestal abrigará um dos encontros, seguido por Brumadinho, no dia 25 de fevereiro. No mês de março será a vez das cidades de Sabará e Matozinhos sediarem os encontros, no dia 19 e no dia 27, respectivamente. A metodologia de trabalho será a mesma que foi utilizada em Nova Limam, podendo sofrer pequenos ajustes, sempre que necessário, segundo a avaliação que a equipe técnica da UFMG promove após as oficinas. É passo a passo que vai sendo aprimorado o projeto e vai sendo consolidada a cidadania metropolitana.
Enviado por admin em qui, 02/13/2014 - 00:00
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